sábado, 21 de março de 2020

ANTES TARDE DO QUE NUNCA...


Em tempos de coronavirus, vamos recordar...

Esta postagem refere-se a uma viagem que fiz em abril de 2015 e que acabei por não publicar na ocasião, não me lembro porquê. Mas revendo meus rascunhos eu a encontrei e achei que valia a pena publicá-la, mesmo com um espaço de tempo de cinco anos. É até interessante ler para comparar Maceió daquela época com a dos dias de hoje.

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MACEIÓ - ALGUMAS SURPRESAS 

Em abril de 2015 fomos conhecer mais uma cidade do nordeste brasileiro: Maceió.

Sempre ouvi comentários de como Maceió é maravilhosa, lindas praias e onde se pode comer frutos do mar frescos e baratos... Ledo engano! Durante os quinze dias que estive em Alagoas, sendo oito em Maceió, não consegui comer nem o peixe fresco e muito menos barato. Ou algo aconteceu de uns anos para cá ou então as pessoas perderam a referência do que é caro ou barato e do que é bom ou ruim.
Sobre Maceió, infelizmente não tenho nada muito positivo a destacar. Somente Jatiúca,  Stella Maris, Ponta Verde e Pajuçara são lugares com uma orla urbanizada e bonita. Mesmo assim, nada de excepcional, pelo menos para nós que somos do Rio de Janeiro.
Com relação à hospedagem, parece que ainda estão vivendo o boom dos italianos em Maceió. As coisas mudaram mas os hotéis parecem fingir que nada mudou e continuam com preços bem salgados. É possível, para quem não faz questão de muito luxo, encontrar alguns hotéis e pousadas mais baratos mas é preciso pesquisar bastante. O booking.com é uma ótima ferramenta para essa pesquisa.
Ao chegar ao aeroporto Zumbi os Palmares você tem a opção de pegar um táxi, que vai lhe custar por volta de 70 reais, ou pegar o ônibus urbano Aeroporto x Ponta Verde, que custa 3 reais e demora uns 40 minutos, ou pega uma van, que eu não cheguei a checar o preço mas acredito que seja mais barato do que o táxi. O aeroporto fica longe do centro e da orla, cerca de 25 a 30 quilômetros.
O sistema de transportes de Maceió é deficiente e os ônibus, de maneira geral. são velhos . O intervalo dos ônibus pode chegar a 40 minutos, dependendo da hora do dia. Há poucas linhas de ônibus e os táxis são caros. Para o turista, as informações sobre as linhas de ônibus e seus trajetos são bem difíceis e a solução é ir perguntando às pessoas que estão nos pontos.
Portanto, circular por Maceió não é muito fácil. Se você está com grana e pode alugar um carro e, aí sim, é possível conhecer Maceió e as praias dos litorais sul e norte. No nosso caso, alugamos um carro para conhecer todo o litoral e chegar até Porto de Galinhas, em Pernambuco. Mas antes, andamos bastante de ônibus, para conhecer a vida cotidiana da cidade. Foi necessária uma boa dose de boa vontade. O cenário, longe dos bairros mais ricos (Jatiúca, Pajuçara, Ponta Verde, Mangabeiras,...) é de muita pobreza. 
Fomos até o centro e encontramos muita sujeira e pobreza, apesar de existirem vários calçadões onde se encontram todos os tipos de lojas. Mas os preços, de maneira geral, são caros. Se você gosta de fazer umas comprinhas nas cidades onde vai, certamente Maceió não vai lhe agradar, pelos preços e pela falta de opções. Somente na feira de artesanato de Pajuçara é que você encontrará alguns itens que poderá comprar, depois de pesquisar bastante.
Não posso dizer que Maceió seja perigosa, porque felizmente não tivemos nenhum incidente que desse motivo para isso mas a presença da polícia é rara. Somente no sábado à noite apareceram uns oito PM's, a cavalo, na Orla.

Seguindo recomendação de pessoas do local, fomos a Massagueira, que é considerado um dos melhores locais para se comer frutos do mar. Escolhemos um restaurante que nos pareceu bom e pedimos a peixada para dois, que estava na promoção a 50 reais. Pedi antes um caldinho de sururu, para conhecer, e gostei. A surpresa desagradável veio com a peixada. Os alegados "legumes" eram apenas um tomate, uma cebola, um pimentão e uma cenoura, todos cozidos inteiros. As postas de peixe haviam sido fritas antes e, para minha surpresa, uma delas estava à milanesa, dando a entender que era aproveitada de sobras. Claro que o garçom alegou que se tratava da pele do peixe... Para não criarmos um conflito desagradável, comemos o que foi possível e fomos embora sem conseguir comer a tal peixada com peixe fresco e abundante. Vamos continuar procurando, nas outras cidades do nordeste que ainda vamos visitar.
Depois do almoço decepcionante fomos conhecer o litoral sul. Chegamos à tão falada Praia do Francês... Nova decepção. Carros por todo o lado, gente saindo pelo ladrão, uma muvuca geral... Tudo o que detestamos. A praia é bonita, como muitas outras que conhecemos mas, o tumulto tira todo o charme.
Seguimos adiante e fomos até Barra de São Miguel. Mar agitado, do tipo que temos em Barra de São João e Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Nada de excepcional. Boa para surfistas. Desistimos de ir à praia do Gunga, onde teríamos que pagar 10 reais para entrar. Para ver mais uma praia bonita, como tantas outras que há no litoral de Alagoas, não valia a pena. Fomos então ao centro histórico de Marechal Deodoro, a cidade onde nasceu o primeiro presidente da república. Já que estávamos ali mesmo foi interessante mas não vale a pena para quem tem que sair de Maceió só para isso.
No dia seguinte, fomos para o norte. A primeira parada foi na Praia da Sereia. A praia é bonita, com uma extensão de recifes que formam um anteparo contra o mar aberto, criando uma piscina tranquila entre eles e a areira. A estátua da sereia está na ponta do recife, impávida e com a cauda quebrada. Alguns mais criativos dizem que a cauda quebrou porque as pessoas subiam nela para tirar fotos. Essa afirmação cai por terra quando um pescador explica que foi a força do mar que quebrou a cauda da sereia. Esse pessoal tem muita imaginação!!
Estávamos com fome e era já uma hora da tarde então resolvemos arriscar e pedir uma peixada, que o barraqueiro garantiu que finalmente iria nos agradar. Fresco o peixe não era, porque ele me mostrou as postas, tiradas do freezer, antes de preparar. Mas, resolvemos arriscar. 
Não foi nada de excepcional mas estava razoável... Acompanhada por água de côco.
Ah, se você acredita que, num estado onde há coqueiros por todo o lado, o côco vai ser barato, pode tirar o cavalo da chuva. Mesmo na baixa temporada, vai custar o que custa na orla de Copacabana, onde não há coqueiros, na alta temporada. É isso mesmo, 5 reais!!! Com sorte você vai encontrar por 4 reais e, muito raramente, em lugares mais afastados da orla, por 3 reais. Então, mais um mito quebrado: côco no nordeste não é barato.
Pé na estrada novamente e, lá vamos nós em direção ao litoral norte.
Resolvemos ir primeiro a Porto de Galinhas, em Pernambuco, e vir descendo, passando por Maragogi. Depois de mais três horas de viagem, até Porto de Galinhas, nos perdemos, andamos em círculos, e perdemos mais de uma hora tentando chegar à pousada que tínhamos escolhido. Ligamos para a pousada e eles nos ajudaram a chegar.
A pousada é um caso à parte: fantástica!!! Chama-se Palanca Negra (http://www.pousadapalancanegra.com.br/) e fica em Serrambi, a uns 10 minutos de Porto de Galinhas. Pegamos uma promoção de meio de semana, inacreditável: 100 reais a diária!!! A pousada é de primeira, parece mais um resort. Tudo de primeira, desde os prédios, piscina, acomodações, tratamento... perfeito!! No fim de semana é mais caro e, na alta temporada mais caro ainda. 
Nos acomodamos num belíssimo quarto, com toalhas brancas, felpudas e grandes, televisão LCD plana, decoração de bom gosto, mobiliário planejado...
Na manhã do dia seguinte, tomamos um café da manhã exclusivo, pois só estávamos nós e mais um casal. Então, marcamos numa planilha o que queríamos: frutas (maga, abacaxi, melancia, melão e mamão), tapioca do jeito que você quiser, pão fresco, ovos mexidos, suco de laranja natural, doce, perfeito e à vontade, café, leite e tudo o que você quiser. O restaurante é perfeito, com quatro aparelhos split de ar condicionado, mesas e cadeiras em madeira nobre, enfim, perfeito. Depois você pode curtir a piscina, que fica disponível o dia inteiro, até a hora que você quiser. A água a uma temperatura super agradável, quase morna. Depois fomos conhecer a praia, a curta distância da pousada. Muito bonita, com um recife que forma uma bela piscina, com água calma e tranquila. Coqueiros criam uma ótima sombra na areia... enfim, cenário paradisíaco. Se soubéssemos antes teríamos ficado ali muito mais tempo.
Mais tarde fomos a Porto de Galinhas. Depois de uns 10 minutos chegamos lá.
O centrinho de Porto de Galinhas lembra um pouco o centro de Búzios, com várias lojinhas de lembranças da região. Achamos uma padaria que tinha um cachorro-quente de forno super gostoso e barato. Andamos por todo o centro, vimos as vitrines e voltamos para onde deixamos o carro. Há um supermercado onde compramos alguns itens para levar para a pousada.


No dia seguinte resolvemos ir a Maragogi e fazer o passeio das piscinas naturais. E aí tivemos mais uma surpresa não muito agradável.
Contratamos o passeio para irmos às piscinas. Fomos informados que a maré estava um pouco alta mas que seria perfeitamente possível entrar na água e aproveitar. Então, sendo assim, fomos.
Durante o trajeto o guia, numa atitude totalmente antiprofissional, começão a falar como se todos que estavam no barco fossem evangélicos. Eu, que não sou, fiquei um pouco irritado com a falta de respeito com quem não comungava as mesmas crenças. Mas, com uma dose extra de paciência, aguentei até chegarmos no local das piscinas. A maré já estava um pouco alta mas ainda dava para entrar, com a água chegando quase nos ombros. 
Depois de uns quinze minutos a água começou a subir e a minha acompanhante já estava nervosa porque estava com a água chegando no queixo. Aproveitamos muito pouco e tivemos que voltar rápido para o barco, sendo que em alguns momentos ficávamos totalmente submersos. Foi bem desagradável!
Voltamos para a pousada e aproveitamos mais um pouco mais da piscina e, depois de comer alguma coisa que tínhamos comprado no mercado, fomos dormir.
No dia seguinte voltamos para Maceió. 
O que realmente salvou a viagem foi algo que nem esperávamos. 
Passeávamos pela orla, em Pajuçara, quando fomos abordados por um rapaz que estava oferecendo um "day use" no "iloa vacation club" (http://www.iloa.com.br/resort) e o que precisávamos fazer era apenas dedicar um tempo com uma promotora de vendas do clube, que iria nos explicar como era resort. Achamos que valia a pena e lá fomos nós. Ficamos mais de uma hora ouvindo a promotora tentando nos convencer do fantástico negócio que era comprar um título do clube e no final de tudo, ela ficou um pouco desapontada porque eu não tomei nenhuma decisão imediata, como ela gostaria que eu fizesse. Mas, como prometido, no final ela nos deu o voucher para irmos no dia seguinte ao resort. Foram nos buscar no hotel e nos levaram até lá. O lugar era realmente muito bonito e o atendimento foi excelente. Passamos o dia na piscina, depois nos foi oferecido um almoço de ótimo nível, muito gostoso. Ao final da tarde nos levaram de volta ao hotel. Foi uma excelente experiência. Realmente gostamos muito. 
No dia seguinte voltamos para o Rio de Janeiro.




















quinta-feira, 19 de março de 2020

quarta-feira, 18 de março de 2020

Com o objetivo de divulgar as informações disponíveis sobre o coronavirus, transcrevemos abaixo texto publicado pelo site do Serviço Nacional de Saúde de Portugal (SNS24)

O que é a COVID-19?
COVID-19 é o nome, atribuído pela Organização Mundial da Saúde, à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2, que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia. Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei, tendo sido confirmados casos em outros países.

O que são os coronavírus?

Os coronavírus são um grupo de vírus que podem causar infeções nas pessoas. Normalmente estas infeções estão associadas ao sistema respiratório, podendo ser parecidas a uma gripe comum ou evoluir para uma doença mais grave, como pneumonia.

Porque foi dado o nome de COVID-19?

A Organização Mundial da Saúde atribuiu o nome, COVID-19, é o nome da doença que resulta das palavras “Corona”, “Vírus” e “Doença” com indicação do ano em que surgiu (2019).

Qual a diferença entre COVID-19 e SARS-COV-2?

SARS-CoV-2 é o nome do novo coronavírus que foi detetado na China, no final de 2019, e que significa “síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2”. A COVID-19 é a doença que é provocada pela infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.

Quais são os sinais e sintomas?

Os sintomas mais frequentes associados à infeção pelo COVID-19 são:
  • febre
  • tosse
  • dificuldade respiratória (ex: falta de ar)
Também pode surgir dor de garganta, corrimento nasal, dores de cabeça e/ou musculares e cansaço. Em casos mais graves, pode levar a pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte.

Qual é o período de contágio?

O período de contágio (tempo decorrido entre a exposição ao vírus e o aparecimento de sintomas) é atualmente considerado de 14 dias. A transmissão por pessoas assintomáticas (sem sintomas) ainda está a ser investigada.

Já aconteceu algum surto com coronavírus em anos anteriores?

Sim. Em anos anteriores foram identificados alguns coronavírus que provocaram surtos e infeções respiratórias graves em humanos. Exemplos disto foram:
  • entre 2002 e 2003 a síndrome respiratória aguda grave (infeção provocada pelo coronavírus SARS-CoV)
  • em 2012 a síndrome respiratória do Médio Oriente (infeção provocada pelo coronavírus MERS-CoV)

Em que países é que se detetaram pessoas infetadas?

Esta informação está constantemente a ser atualizada pelas autoridades internacionais e pode ser consultada no site do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças e na Organização Mundial da Saúde.

Qual é a diferença entre epidemia e pandemia?

Uma epidemia é quando uma doença ocorre com frequência invulgar numa determinada região e por um período limitado. Já a pandemia é uma epidemia que se alastra ao mesmo tempo em vários países.
(*) Informações transcritas do site https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/covid-19/